sábado, 26 de setembro de 2009

Buracos, há, os buracos.



Todo dia de manhã dou um passeio matinal com meu filho. Ele fica bem estressado quando não vamos. Sempre o levo no braço mesmo, moro no 3º andar e aqui em casa não tem elevador. Então, acho uma mão de obra descer com o carrinho. Mas, numa dessas manhãs, resolvi descer e ir até a praia (Fica uns 5 a 10 minutos daqui de casa).
Nunca fiquei tão estressada em passear com ele. Parecia que ele estava em pleno off road. Um trajeto de 10 minutos acabou virando 30. Seja andando pela rua ou na calçada. Após essa aventura meio que forçada, fiquei pensando seriamente para que serviria o pagamento do IPVA. Chegando em casa, resolvi pesquisar ao pé da letra a sua serventia. E encontrei o seguinte resultado: “IPVA é um imposto onde o dinheiro do contribuinte é empregado na manutenção da via publica e conservação do meio ambiente”.
Ao ler tal frase, cheguei a seguinte constatação: Manutenção de quê? Conservação de onde? Tanto como pedestre quanto motorista, sofro constantemente com a falta de manutenção da via pública e da conservação do meio ambiente. Nas ruas estão sendo dispensados cuidados com os aspectos paisagísticos e de acessibilidade dos habituais usuários. Aí que entraria o dinheiro do IPVA.
Como motorista, me sinto uma nata jogadora de golfe, sempre acertando os buracos. Já como pedestre, evito andar de saltos. Aliás, abdiquei dos saltos já faz um tempo na minha vida, (Tive um problema seríssimo com uma torção no meu pé) salvo se for andar de carro. Agora imagina como deve ter sido manobrar um carrinho de bebê, tanto na ida para a praia, quanto na própria praia. E um cadeirante?? Seguramente, ele está completamente impossibilitando de fazer um mero passeio até a praia ou qualquer lugar, tanto só, quanto com alguém o levando, caso não tenha carro. DEFINITIVAMENTE, é difícil ou no mínimo estressante. Uma aventura, eu diria.

No trânsito não se consegue andar porque os motoristas não respeitam, se tentar sair na via pública com uma cadeira de rodas, os motoristas passam por cima. O calçadão não dá condições, muito esburacado e com muitos obstáculos. E não são todos os edifícios públicos que têm acesso de rampas para poder descer e subir com cadeira de rodas. Isso deveria ser uma preocupação da administração municipal e não dos pedestres e nem dos motoristas.
No caso dos motoristas, a enorme proporção de buracos faz com que, eles gastem muito dinheiro no conserto dos seus carros (O meu, por exemplo, fiz questão em colocar protetor de Carter, com o intuito de diminuir a colisão). Um dinheiro perdido, já que, não existe esperança alguma de recuperar com a Prefeitura o que foi gasto. Imagina se a Prefeitura tivesse de pagar por cada roda amassada, já teria ido à falência, porque lá no Exterior é assim que funciona. Mas, como todos nós sabemos, Brasil é Brasil, né? Variando em tamanho, extensão e profundidade, desde as tranqüilas ruas dos bairros, os buracos estão em todo lugar. O ruim é se acostumar com eles.

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