quinta-feira, 24 de setembro de 2009

QUE SUSTO!



Ontem passei pela terceira pior sensação que tive na minha vida. A primeira, eu acho que tinha uns 20 anos. Sentada no carro de um grande amigo (posso dizer que seria um irmão), vieram 3 assaltantes para nos roubar. E numa tentativa para que não reagíssemos, um dos assaltantes colocou a arma na minha cabeça. Realmente fiquei sem chão. Após essa situação, fiquei com medo até da minha sombra e tive certeza que o mundo estava perigoso (jovem sempre acha que tudo é exagero dos mais velhos).





A segunda, foi quando soube que meu avô (fui criada por ele e o amor que sentia, posso comparar ao amor que sinto pelo meu filho) havia falecido. Uma morte até idiota, mas serena. Acho que como ele era um anjo disfarçado em humano, ele fez um acordo com Deus para que fosse exatamente da forma como aconteceu. Um infarto fulminante mexendo os dominós, numa partida na casa dos primos. Ele, definitivamente, amava jogar. Era um hobbie diário.





E a terceira pior sensação, aqui na frente da minha casa. Vocês podem até achar exagero. Principalmente aqueles que moram no Sudeste, como RJ e Sampa. Uma rotina, vocês diriam. Mas para nós, pernambucanos, aquilo foi algo inédito. Pouco mais de 21hrs, escuto um barulho. Pensei que meu filho havia metido a cabeça no berço (Ele não apenas parece com o pai fisicamente, mas, também, parece nas atitudes. Assim como se mexer demais dormindo. Como diria o velho ditado: "Filho de peixe, peixinho é.") E ele acordou chorando.

Com ele no braço, já na cozinha, escutei uma gritaria que vinha de fora, da rua. Olhei pela janela do meu quarto e tomei um susto. Havia nada mais, nada menos, que seis viaturas e diversos policiais. Tinham tantos que nem consegui contar. Uns 10 policiais entraram na casa da frente (parecia aquele filme sobre o BOPE). Essa casa é enorme. Na verdade são 2 casas que apenas são separadas por uma piscina. Como é uma casa de pessoas que tem posses, na hora imaginei mil coisas. Imaginei que haviam entrado bandidos numa das casas e ter feito alguém de refém. Imaginei que a policia havia descoberto alguma tramóia dos donos. Enfim. Mas, minha maior preocupação seria que, na hora que meu marido chegasse tivesse um tiroteio entre a policia e os bandidos, e ele ali, no meio. Fiquei num pé, noutro. Ligando para um, para outro (jornalista que sou, preciso divulgar a noticia).
No final, quando meu marido chega. Ele me conta o ocorrido. Um carro roubado na frente da casa, o dono da casa escutou um barulho. A policia achou que os assaltantes poderiam estar na casa. Chegaram às pencas. Deram uma busca, e nada encontraram. Fiquei revoltada com tudo. Pois, me dei conta da primeira pior sensação que tive. Fomos assaltados de 12hrs, um carro pingado da policia chegou com dois policiais as 20hrs. Foram educados, pegaram nossos depoimentos e até acharam o carro do meu amigo no dia seguinte. MASSA, eu achei. Mas, depois de ontem, pude compreender a diferença de ter posses e ter ausência de posses.

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